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Jogadores pedem PES e FIFA com liga de futebol feminino; EA se recusa

As séries Pro Evolution Soccer, da Konami, e Fifa, da EA Sports, não são apenas as mais famosas franquias de futebol da atualidade, mas também são duas das séries mais rentáveis dos games. No entanto, um grupo acredita que estes jogos estão gerando uma grande segregação ao ignorar o futebol feminino em suas edições anuais.


A petição iniciada por Fernanda Schabarum, de Boca Raton, nos Estados Unidos, pede apoio de outros jogadores do mundo todo para tentar convencer as duas empresas a expandir seus jogos para as mulheres. Para isso, dá números bem interessantes: a franquia Fifa está presente em 51 países e traduzido para 18 idiomas, com mais de 100 milhões de cópias vendidas. Já PES é vendida em 62 países, com 19 línguas e vendeu mais de 75 milhões de unidades.

Sobre o público-alvo, os números são ainda mais relevantes: segundo a Associação de Software de Entretenimento dos Estados Unidos, 47% dos jogadores de videogame no país são mulheres. Além disso, uma pesquisa do Departamento de Estado americano aponta que 40% dos jogadores de futebol por lá também são mulheres. “Futebol é o esporte feminino mais popular nas escolas e, em alguns casos, as jogadoras de futebol se tornam mais famosas que os homens”, afirma Schabarum.

A proposta da petição é permitir que meninas e mulheres se identifiquem com os personagens destes games, e encorajá-las a praticar este esporte. “Jovens garotas não podem ser representadas por personagens masculinos de videogame.” Vale lembrar que a seleção americana de futebol feminino já ganhou duas Copas do Mundo (91 e 99) e três medalhas de ouro, nas Olimpíadas de 96, 2004 e 2008.
Até o momento da publicação, a petição havia conseguido 3.384 assinaturas, sendo que o objetivo é atingir 19 mil. Muitas mulheres, obviamente, apoiam a causa. Mas os comentários masculinos na página da petição também são muito positivos.

A petição cita como “musas inspiradoras” jogadoras americanas famosas, como Mia Hamm (que já ganhou seu próprio game no Nintendo 64) e Hope Solo, mas não esquece de Marta, da seleção brasileira. Será que essas empresas deveriam incluir futebol feminino em seus jogos? Se você acha que sim, também pode ler e assinar a petição (em inglês) no site Change.org.

EA se recusa a inserir mulheres em FIFA

Em resposta a essa petição online, a Electronic Arts informou que não tem planos e nem pretende inserir o futebol feminino em uma futura edição da série FIFA. Mesmo com o apelo dos fãs, a ideia não passa pela cabeça da produtora e de suas equipes desenvolvedores no momento.


“Tivemos, literalmente, centenas e centenas de sugestões dos nossos fãs sobre novas funcionalidades e temos que avaliar estas sugestões, como a inclusão de jogadores no game, de acordo com os nossos recursos, prioridades e retorno dos fãs em geral. No momento, não temos planos de incluir algo assim no jogo”, disse David Rutter, produtor executivo da série.

FIFA 13 chega ao Brasil em outubro para PlayStation 3, Xbox 360 e PCs. A versão brasileira do game terá narração de Tiago Leifert e comentários de Caio Ribeiro.

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